terça-feira, 5 de julho de 2011

A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana de 1922


Em represália ao fechamento do Clube Militar e prisão do seu presidente, Marechal Hermes da Fonseca, jovens de diversos quartéis planejaram um movimento contra o Governo. Um deles, o capitão Euclides Hermes da Fonseca (filho do Marechal), comandante do Forte de Copacabana, com apoio do tenente Siqueira Campos, instruiu os seus comandados que se resguardassem, fazendo trincheiras e minando o terreno desde o portão do forte até o farol. Assim, estavam preparados para o movimento militar que eclodiria em diversos pontos da Cidade no início da madrugada do dia seguinte.

Contudo, informado a respeito da revolta, o Governo antecipou-se, fazendo a troca dos principais comandos militares na capital e coibindo a força militar do Forte de Copacabana que foi alvo de intenso bombardeio oriundo da artilharia da Fortaleza de Santa Cruz durante todo o dia 5 de julho.

Na madrugada do dia 6, o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, telefonou ao Forte, exigindo a rendição dos rebeldes. O capitão Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos permitiram, então, a saída de todos aqueles que não quisessem combater. Poucos mantiveram-se em resistência. O capitão Euclides Hermes saiu ao encontro do Ministro no Palácio do Catete, onde recebeu voz de prisão. Os demais foram pressionados: ou a rendição ou o massacre.

O tenente Siqueira Campos, pressionado pelos remanescentes da tropa, tomou a decisão suicida: sairiam em marcha até ao Palácio do Catete, combatendo. No início da tarde do dia 6 de julho, iniciaram a marcha pela Avenida Atlântica. Um número até hoje não determinado se rendeu ou debandou. Restaram 18 militares revoltosos, vencidos no confronto final à altura da antiga rua Barroso (atual Siqueira Campos) pela tropa legalista com milhares de homens. Os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, e dois soldados foram capturados feridos. Os demais faleceram em combate. Os soldados capturados morrem em conseqüência dos ferimentos recebidos.


Fonte: Blog Hoje na História - CPDOC Jornal do Brasil


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